Continuação.
Quando toda a treva ou sombra é dissipada de um coração, ele terá a necessária intrepidez, e ousadia mesmo, para entrar no Santos dos Santos. É aí, na intimidade com o Pai, que receberá e conhecerá a sua comiseração que “suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou…” (Romanos 9.22,24). Os que nasceram de novo em Cristo Jesus recebem a clara convicção de que estão qualificados como “vasos de misericórdia”. Preparados de uma forma única – de antemão – para conterem as riquezas de Deus!
O Apóstolo amplia a figura dizendo: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não nossa” (II Coríntios 4.7). Como é precioso que cada remido esteja consciente de ser um vaso de barro. Temos de reconhecer que é exatamente isso o que somos – um vaso de barro cheio de riquezas! E, sendo tanto um como o outro – vasos de misericórdia e vasos de barro – fomos preparados para guardar a insondável riqueza que o Rei Soberano aprouve colocar em cada filho redimido.
Deus se revelou para que sejamos formados à imagem de seu Filho (Romanos 8.29). A proposta final dessa revelação é justamente esta: “Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é” (I João 3.2). Naquele dia, que será eterno, a plenitude da glória de Deus também estará perceptível em nossa própria face e, assim, com Cristo, refletiremos a glória do Pai celestial, então preciosa e eternamente visível na face de Jesus.
Sempre que buscarmos maior relacionamento com Jesus, mais conheceremos o Pai celestial. Quanto mais cremos nele, mais creremos no Pai. Crer é uma palavra que aparece noventa e oito vezes no evangelho de João. Palavra que significa “confiar”. Confiando o recebemos (João 1.12), e então, permaneceremos nele. “Permanecei em mim” é um pedido enfático que ele faz a cada discípulo. É uma solicitação que nos atinge. Há, nessa demanda, uma recíproca singular: “e eu permanecerei em vós” (João 15.4). Isso envolve uma resposta e um comprometimento pessoal com ele. O comprometimento nos levará a um conhecimento real de sua pessoa. É isso, justamente, o que Deus espera que tenhamos, para que toda a sua luz brilhe em nós.
Nós, discípulos do Senhor Jesus, nos encontramos num mundo onde o pecado, perspicazmente, age e tenta nos prender. Mas, se estamos firmados no Senhor, a sua ressurreição já nos libertou de sermos escravos do mal. A presença do Senhor em nós é fonte de esperança. Ela nos motiva à busca da honra de participarmos da glória que há de vir. Com Paulo afirmamos, “gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Romanos 5.2). Dessa forma, aguardando “com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (II Coríntios 3.18). Naquele dia, incontestavelmente, não só na face de Jesus será conhecida a glória de Deus: também em nossa face ela resplandecerá, para a sua honra e glória. Amém.
Para acessar a primeira parte deste estudo, acesse o link abaixo:
Escrito por: Erasmo Ungaretti – Janeiro de 1976
Pastor na comunidade de discípulos em Porto Alegre.
O texto acima expressa a visão do autor sobre o assunto, não sendo necessariamente a visão do site.
12/08/2013
Convidamos você a orar agora e pedir que o Senhor revele mais do seu rosto sobre você. Ele quer que você possa ser uma expressão da sua glória para os outros. Nós somos os vasos, a glória é Dele!
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