Diversidade ou desrespeito? Drags satirizam Última Ceia na abertura dos Jogos de Paris

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizada nesta sexta-feira (26), trouxe à tona temas de diversidade sexual, apresentando uma performance polêmica que envolvia uma referência à Última Ceia de Jesus, interpretada por drag queens. A apresentação, que exaltava a identidade de gêneros e a sexualidade da comunidade LGBT+, destacou a cultura do ballroom e a dança vogue, elementos centrais desse universo.

A inclusão dessa performance na cerimônia gerou reações intensas, especialmente entre os conservadores. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) foi uma das vozes críticas, expressando sua indignação nas redes sociais. Ele questionou por que os organizadores do evento não fizeram uma representação semelhante envolvendo Maomé, chamando a apresentação de uma “zombaria demoníaca da fé cristã”.

A polêmica não se restringiu apenas a essa performance. Outra cena da cerimônia, exibida na Biblioteca Nacional da França, retratou um “ménage à trois” envolvendo uma mulher e dois homens, encerrando com os três fechando a porta de forma sugestiva. Esta cena também foi amplamente comentada nas redes sociais, provocando debates sobre os limites da arte e da liberdade de expressão em eventos de grande escala como os Jogos Olímpicos.

A cerimônia de abertura, realizada às margens do Rio Sena, contou com diversas performances artísticas que destacaram aspectos da cultura francesa, mas foi a representação da Última Ceia e outras cenas ousadas que capturaram a atenção e geraram polêmica. Os defensores das apresentações argumentam que elas são uma celebração da diversidade e inclusão, enquanto os críticos veem como uma afronta às tradições religiosas e valores conservadores.

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