Evangélicos venezuelanos se uniram aos pedidos de transparência após Nicolás Maduro declarar-se vencedor das eleições presidenciais, em meio a protestos e acusações de fraude pela oposição. Vários países se recusaram a reconhecer a legitimidade do processo eleitoral.
A líder da oposição, Marcía Corina Machado, afirmou ter provas de que venceu com mais de 70% dos votos e informou que sua equipe está trabalhando em um site para publicar os resultados oficiais por região.
A ONU e o Carter Center, os únicos observadores eleitorais permitidos, pediram a publicação de todos os resultados das assembleias de voto para garantir a transparência. O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apelou à “transparência total”.
Em 30 de julho, o Conselho Evangélico da Venezuela expressou preocupação com a situação pós-eleitoral e pediu uma revisão transparente dos resultados, conforme a legislação venezuelana. “Dirigimo-nos às autoridades para solicitar que a ata seja revista de forma transparente, para construir a paz em nossa nação”, afirmou o conselho.
Aaron Lara, secretário-geral do Congresso Ibero-Americano para a Vida e a Família, também pediu transparência e alertou para o risco de uma guerra civil. “O atual governo se apega ao poder e desqualifica agressivamente a oposição. Rezamos a Deus pela Venezuela”, disse Lara.
Migrantes venezuelanos ao redor do mundo protestaram nas redes sociais e em manifestações no exterior, exigindo o fim do que consideram uma ditadura comunista. Maduro lidera o país desde 2013, após substituir Hugo Chávez.
Durante a celebração da noite eleitoral, Maduro afirmou que “o povo da Venezuela é um povo cristão” e agradeceu pelas orações e apoio. No entanto, líderes evangélicos denunciaram o uso político da fé pelo governo. O Conselho Evangélico da Venezuela pediu que a fé não seja politizada, e muitos pastores criticaram a tentativa do governo de usar líderes religiosos para fortalecer o regime.
Evangélicos que deixaram a Venezuela rezam pela queda do regime, manifestando esse desejo desde as últimas eleições em 2019, que também geraram protestos
Redação Exibir Gospel