A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) é a convidada desta terça-feira (11) do programa Perspectivas. Em conversa com a jornalista Paola Cuenca, a congressista aborda a falta de representatividade feminina na política, alerta para a necessidade de vigilância à democracia após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e analisa quais são os principais desafios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Assista no canal do SBT News no YouTube.
"Hoje, a rede social está presente na vida de todo mundo. Porém, tem uma coisa muito ruim na rede social chamada fake news, que é a mentira implantada e, às vezes, você não consegue controlar", observa.
"Quando você vem com a verdade, às vezes ela está muito aquém da força de disseminação daquela mentira que foi implantada. Então, eu acho que o governo tem um grande desafio de se comunicar de uma forma mais rápida com a sociedade brasileira", aponta.
Ainda sobre fake news, Eliziane analisou o que pode acontecer quando a prática chega às suas últimas consequências ao falar sobre 8/1. "O 8 de janeiro ainda não acabou. Eu acho que o 8 de janeiro precisa ser interrompido todos os dias e, para isso, nós temos que ter um sistema de vigilância muito forte. A gente sabe que, se você não é vigilante, você abre brechas para a possibilidade de novos ataques. Nós tivemos uma reprodução no Brasil do que aconteceu nos Estados Unidos", declara.
"Eu acho que há uma similaridade e uma semelhança muito grande entre os dois países, inclusive em datas, no formato do que ocorreu. Graças a Deus, no Brasil, nós não tivemos mortes. Nos EUA, tivemos mortes, mas foi muito semelhante", continua.
Mulheres na política
A senadora também falou sobre como o Brasil está atrás em termos de representatividade feminina na política em comparação com outros países da América do Sul. Para Eliziane, a situação só vai mudar após ações concretas.
"A gente não vai mudar esse cenário se não tiver ação hoje, impositiva e efetiva (…) Para a representação política, nós temos que ter cota, não tem outra saída (…) Você vê vários outros países aqui na América que a participação feminina é quase o dobro da participação brasileira por conta de instrumentos ativos. Então, você tem que ter instrumento legal para isso", completa.
"Se não tiver, a gente não vai conseguir avançar. Por exemplo, se a gente tivesse hoje no Senado Federal 40 mulheres senadoras, não há dúvida nenhuma de que a possibilidade de uma mulher presidente seria mais real, porque a gente teria mais mulheres", analisa, em referência às recentes eleições no México, que elegeram a presidente Claudia Sheinbaum.
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